Joel de Araujo Advogados

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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O GOVERNADOR ARRUDA E A FONTE DO CONHECIMENTO.

O ARRUDA E A FONTE DO CONHECIMENTO! (Publicado no Jornal "DIÁRIO DE SOROCABA",PAG.02, DE 24/02/2010)
Por Joel de Araujo
Uma criança não sabe que doce não é amargo, se não tiver experiência sobre esses sabores. Somente saberá após colocar o doce na boca, e depois experimentar o amargo, daí surgirá a experiência, de que doce é doce e amargo é amargo! Foi com essa concepção que o grande pensador John Locke, nascido em Wrington, nas cercanias de Bristol, no ano de 1632, na Inglaterra, defendeu que a experiência é a fonte do conhecimento. Portanto, assim também são os costumes morais, também inatos ao ser humano. E assim vamos vivendo, aprendendo e sabendo que o certo é certo e o errado, é errado. Aprendemos com nossos pais, na nossa escola, na nossa igreja, na nossa comunidade, e até com a mídia sensacionalista! Aprendemos que não podemos e nem devemos nunca acreditar no que ela (a mídia) fala, escreve ou mostra, pois o que vemos não é verdadeiro, é algo viciado pela mentira, pela fraude e insensatez. Da mesma forma o profissional de qualquer área do conhecimento humano, que falseia a verdade, que está sempre ao lado do embuste com o tempo vai perdendo o seu crédito, e dependendo do poder ou fascínio que possa exercer na sociedade, fará com que deixemos de acreditar nele em particular e no geral até na própria classe que ele pertence. Como, exemplo citamos os políticos, mas todos são embusteiros? Não existem os bons? É correto colocar todos em um só cesto? Claro que não! Afinal Aristóteles não disse que todo homem é um animal político? Então todos os homens não são bons? É justamente aí que está o problema, Aristóteles quando se refere ao homem como animal político, ele quer dizer que o homem não é um animal que nasceu ou foi criado para viver só. Portanto, temos que diferenciar a política aristotélica, da política partidária, pois aquela (aristotélica) pensa no ser humano puro, inocente, que será produto do meio em que vive e da experiência adquirida surgirá um bom ou mau sujeito tal qual ensinou mais tarde, Locke, enquanto essa (partidária), na luta pelo poder será capaz de tudo. Não vê o Arruda? Poderia ter conquistado tudo, estava nas suas mãos, mas preferiu jogar tudo fora, pela sanha de conquistar o poder, poderia ser o vice presidente do Brasil na chapa do serra, mas para alegria do serra, foi descoberto antes. Meditando com meus botões fico pensando, o pessoal do PT foi esperto em plantar alguém junto com o Arruda, quando quem deveria ter sido plantado era o Arruda, afinal, Arruda não é planta? Mas, retomando o raciocínio, será que a contra espionagem do Serra, sabendo que os “demos” queriam emplacar o Arruda, não colocou alguém para ver de perto a performance do seu “futuro companheiro” que a mídia estava falando tanto, e ao perceber isso o PT, foi logo denunciando? Pois a estratégia era de esperar o serra anunciar o Arruda como vice, para depois jogar todas as imagens na mídia.quem não ouviu falar que a estratégia vazou e por isso denunciaram antes? Está na própria mídia de alguns dias posterior ao anúncio do escândalo. Daí considerando que a experiência é a fonte do conhecimento, indagamos, quem formou a personalidade do Arruda? Quem são seus pais? Em que escola ele estudou? Quem foram seus amigos de infância? A que sociedade pertenceu? Onde aprendeu tudo isso que fez? Quem lhe ensinou a ser tão burro? Não nos referimos ao animal, que o criador fez para servir o homem, mas burro no sentido de idiota, néscio, etc., na pior forma pejorativa, pois tivemos um grande jurista no passado que dizia que o grande malandro é honesto somente por malandragem, pois sabe que o honesto no final acaba sendo o vencedor! Voltemos a Locke: “se os homens decidiram se unir e constituir a sociedade civil, essa decisão tem origem na experiência, que os levou à conclusão de que seria melhor obedecer a um governo do que correr os riscos do estado de natureza”. Não é por menos que ouvi muitos dizerem, já que não é possível ter uma política no sentido aristotélico do termo, na defesa da polis, e se for para viver sob o jugo da turma do Arruda, não seria melhor viver sob o estado da natureza? Estado primitivo, cada um cuidando do seu “quadrado”? Creio que não, a beleza da democracia,e do estado de direito, é justamente essa, apesar dos “donos do poder” que sempre estão por traz dos “Arrudas da vida”, o ser humano sempre se supera, adquire novas experiências apesar das decepções, e no outro dia, que será o amanhã, sempre haverá a possibilidade de se libertar! Vendo a verdade e o bem florescer e vencer...

O autor, é advogado,pós graduado em Direito Constitucional, foi presidente da OAB/Sorocaba por duas gestões, e atualmente é presidente do Instituto dos Advogados de Sorocaba, Salto de Pirapora e Araçoiaba da Serra.

Um comentário:

  1. Ao ler o teor da sentença, podemos observar a aplicação do direito, por outro lado
    observa-se o despreparo de profissionais ligado as empresas e sindicatos, pois
    se tivesse sido observada com atenção a legislação não haveria a nescessidade
    de tal ação. O empregado poder não ter conhecimento legal, e até cometer atos
    de forma inocente ou forçada. Mas quando orientado e tendo seu direito reenvidicado
    temos o resultado da sentença em questão.

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