COMBATE AO CRIME
Juiz diz que há advogados que enlameiam a beca
O juiz federal Odilon de Oliveira, em nota enviada à revista Consultor Jurídico, afirmou que o país precisa tratar o combate ao crime organizado com seriedade. E disse ainda: "A hipocrisia deve ter limites”. Tudo isso porque, nesta semana, veio a público que no presídio de segurança máxima de Campo Grande (MS), o juiz federal, em 2008, autorizou gravação de conversa entre advogado e cliente, diante da suspeita da possibilidade de um crime. A OAB, por sua vez, anunciou que irá fazer uma representação no Conselho Nacional de Justiça contra ele. Com o objetivo de garantir maior segurança e efetividade no combate ao crime organizado, os presídios federais têm sistema de gravação de vídeo e áudio, inclusive dentro dos parlatórios, onde acontecem as conversas entre clientes e advogados. Essas conversas podem ser gravadas, desde que haja autorização judicial, de acordo com o Ministério da Justiça. As autorizações só podem ser concedidas quando o advogado é acusado de participação em crimes. Na terça-feira (22/6), o presidente da OAB, Ophir Cavalcante se reuniu com representante do Sistema Penitenciário Nacional, Sandro Torres Avelar, e o assessor do Ministério da Justiça, Aldo Costa. A Ordem decidiu também recorrer à Justiça para que seja feita a retirada das câmeras de dentro dos parlatórios. No manifesto, o juiz ressalta que no caso em que autorizou a gravação da conversa havia risco com repercussão até mesmo internacional. "O serviço de inteligência da penitenciária federal de Campo Grande-MS serviu de meio eficiente para, dentro da lei, evitar talvez a maior tragédia nacional, com repercussão internacional, qual seja o sequestro de um dos filhos da mais alta autoridade da República, para ser trocado pelos chefes do PCC e do Comando Vermelho. Um advogado, que, usando o parlatório, participava do plano, foi preso em flagrante. Corre ação penal contra oito pessoas participantes desse plano”, explicou. O juiz ressaltou que “os advogados são profissionais indispensáveis para a vida nacional. A OAB igualmente. Mas, como em toda profissão, há malfeitores. Existem bandidos que se tornam advogados. Pombos-correio existem fazendo escala em presídios. São ajustados para esse serviço e vivem a enlamear a beca que vestem. Devem ser tratados como bandidos”.
COMENTÁRIOS
Advogados que enlameiam a beca devem ser tratados como bandidos, E o Juiz que enlameia a Toga, COMO DEVE SER TRATADO?
5/06/2010 21:06Marcos Alves Pintar (Advogado Autônomo - Previdenciária)
Se é verdade que há advogados desonestos, que acabam se bandeando para o lado do crime, não é menos verdade que também entre magistrados e membros do Ministério Público há aqueles que fazem do exercício das nobres funções institucionais veiculo para a prática de crimes e irregularidades de todas as espécies. Dessa forma, se os advogados vão ser monitorados em suas conversas com seus clientes (só para conferir dei uma olhada aqui embaixo da mesa para ver se não havia algum grampo) vamos monitorar também os magistrados e membros do Ministério Público. Vamos instalar câmeras e microfones nos gabinetes, nas salas de audiência, nos corredores dos fóruns, nos veículos, enfim, vigiar cada movimento de cada um deles a fim de que eventuais condutas criminosas sejam de pronto conhecidas, investigadas e punidas. E quando forem acusados (magistrados e membros do Ministério Público), que tenham suas conversas com seus advogadas defasadas e divulgadas em público. George Orwell, em seu clássico "1984" já nos mostrou ao que a interferência invasa do Estado nos leva. Mas se for vir, como muitos pretendem, que venha para todos. ( DO SITE CONSULTOR JURÍDICO DE 26/06/2010)
Juiz diz que há advogados que enlameiam a beca
O juiz federal Odilon de Oliveira, em nota enviada à revista Consultor Jurídico, afirmou que o país precisa tratar o combate ao crime organizado com seriedade. E disse ainda: "A hipocrisia deve ter limites”. Tudo isso porque, nesta semana, veio a público que no presídio de segurança máxima de Campo Grande (MS), o juiz federal, em 2008, autorizou gravação de conversa entre advogado e cliente, diante da suspeita da possibilidade de um crime. A OAB, por sua vez, anunciou que irá fazer uma representação no Conselho Nacional de Justiça contra ele. Com o objetivo de garantir maior segurança e efetividade no combate ao crime organizado, os presídios federais têm sistema de gravação de vídeo e áudio, inclusive dentro dos parlatórios, onde acontecem as conversas entre clientes e advogados. Essas conversas podem ser gravadas, desde que haja autorização judicial, de acordo com o Ministério da Justiça. As autorizações só podem ser concedidas quando o advogado é acusado de participação em crimes. Na terça-feira (22/6), o presidente da OAB, Ophir Cavalcante se reuniu com representante do Sistema Penitenciário Nacional, Sandro Torres Avelar, e o assessor do Ministério da Justiça, Aldo Costa. A Ordem decidiu também recorrer à Justiça para que seja feita a retirada das câmeras de dentro dos parlatórios. No manifesto, o juiz ressalta que no caso em que autorizou a gravação da conversa havia risco com repercussão até mesmo internacional. "O serviço de inteligência da penitenciária federal de Campo Grande-MS serviu de meio eficiente para, dentro da lei, evitar talvez a maior tragédia nacional, com repercussão internacional, qual seja o sequestro de um dos filhos da mais alta autoridade da República, para ser trocado pelos chefes do PCC e do Comando Vermelho. Um advogado, que, usando o parlatório, participava do plano, foi preso em flagrante. Corre ação penal contra oito pessoas participantes desse plano”, explicou. O juiz ressaltou que “os advogados são profissionais indispensáveis para a vida nacional. A OAB igualmente. Mas, como em toda profissão, há malfeitores. Existem bandidos que se tornam advogados. Pombos-correio existem fazendo escala em presídios. São ajustados para esse serviço e vivem a enlamear a beca que vestem. Devem ser tratados como bandidos”.
COMENTÁRIOS
Advogados que enlameiam a beca devem ser tratados como bandidos, E o Juiz que enlameia a Toga, COMO DEVE SER TRATADO?
5/06/2010 21:06Marcos Alves Pintar (Advogado Autônomo - Previdenciária)
Se é verdade que há advogados desonestos, que acabam se bandeando para o lado do crime, não é menos verdade que também entre magistrados e membros do Ministério Público há aqueles que fazem do exercício das nobres funções institucionais veiculo para a prática de crimes e irregularidades de todas as espécies. Dessa forma, se os advogados vão ser monitorados em suas conversas com seus clientes (só para conferir dei uma olhada aqui embaixo da mesa para ver se não havia algum grampo) vamos monitorar também os magistrados e membros do Ministério Público. Vamos instalar câmeras e microfones nos gabinetes, nas salas de audiência, nos corredores dos fóruns, nos veículos, enfim, vigiar cada movimento de cada um deles a fim de que eventuais condutas criminosas sejam de pronto conhecidas, investigadas e punidas. E quando forem acusados (magistrados e membros do Ministério Público), que tenham suas conversas com seus advogadas defasadas e divulgadas em público. George Orwell, em seu clássico "1984" já nos mostrou ao que a interferência invasa do Estado nos leva. Mas se for vir, como muitos pretendem, que venha para todos. ( DO SITE CONSULTOR JURÍDICO DE 26/06/2010)
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