Interessante o que temos visto nessa campanha eleitoral, todo mundo se apresentando como “do bem”, há até um candidato que seu slogan é “ele é do bem”. Muito engraçado isso, pois aprendi desde muito cedo que quem é do bem não precisa falar, e muito menos trazer testemunhas para atestar, pois quem “é do bem” as pessoas já sabem. Aprendi também que quem tem o hábito de ficar acusando as pessoas coisa boa não é. É claro que sabemos que na política não existe nenhum santo, mas também não é preciso “demonizar” as pessoas, ficar procurando defeitos, inventando coisas, e tanto é verdade que o candidato do bem teve contra ele, a demonstração gravada em vídeo e registrada em cartório por quem não é da política partidária o resultado de uma licitação viciada de quatro bilhões de reais, e nem por isso se vê a outra parte acusando. Agora eu fico pensando, se isso tivesse acontecido com a outra parte o Brasil estaria fervendo hoje, não seria dito outra coisa, e isso perto da história do “Paulo preto” é fichinha, até perdeu a graça, Paulo Preto é um santo perto de uma falcatrua desse tamanho. Para entender essa situação somente se socorrendo do maior poeta brasileiro que foi Carlos Drummond de Andrade, que ao que parece, profetizou essa situação quando fez o poema: E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José ? e agora, você ? você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama protesta, e agora, José ? Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou, e agora, José ? E agora, José ? Sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro, sua incoerência, seu ódio - e agora ? Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais. José, e agora ? Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse a valsa vienense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse…Mas você não morre, você é duro, José ! Sozinho no escuro qual bicho-do-mato, sem teogonia, sem parede nua para se encostar, sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha, José ! José, pra onde ? Eu,Araujo, Joel de Araujo, respondo: Aprenda José a ser honesto e tira o dedo acusador da cara dos outros, pois esse dedo voltará enlameado para você. Certo Zé? Pois até o “J” você perdeu. Quem sabe, você que sempre ganhou, agora apanhando aprenda ser mais humilde, pois a falta de humildade te fez perder! E agora Zé? Aprendeu? E um dia fui teu fã....
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
...............E AGORA JOSÉ? VOCÊ É DO BEM?
Interessante o que temos visto nessa campanha eleitoral, todo mundo se apresentando como “do bem”, há até um candidato que seu slogan é “ele é do bem”. Muito engraçado isso, pois aprendi desde muito cedo que quem é do bem não precisa falar, e muito menos trazer testemunhas para atestar, pois quem “é do bem” as pessoas já sabem. Aprendi também que quem tem o hábito de ficar acusando as pessoas coisa boa não é. É claro que sabemos que na política não existe nenhum santo, mas também não é preciso “demonizar” as pessoas, ficar procurando defeitos, inventando coisas, e tanto é verdade que o candidato do bem teve contra ele, a demonstração gravada em vídeo e registrada em cartório por quem não é da política partidária o resultado de uma licitação viciada de quatro bilhões de reais, e nem por isso se vê a outra parte acusando. Agora eu fico pensando, se isso tivesse acontecido com a outra parte o Brasil estaria fervendo hoje, não seria dito outra coisa, e isso perto da história do “Paulo preto” é fichinha, até perdeu a graça, Paulo Preto é um santo perto de uma falcatrua desse tamanho. Para entender essa situação somente se socorrendo do maior poeta brasileiro que foi Carlos Drummond de Andrade, que ao que parece, profetizou essa situação quando fez o poema: E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José ? e agora, você ? você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama protesta, e agora, José ? Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou, e agora, José ? E agora, José ? Sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro, sua incoerência, seu ódio - e agora ? Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais. José, e agora ? Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse a valsa vienense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse…Mas você não morre, você é duro, José ! Sozinho no escuro qual bicho-do-mato, sem teogonia, sem parede nua para se encostar, sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha, José ! José, pra onde ? Eu,Araujo, Joel de Araujo, respondo: Aprenda José a ser honesto e tira o dedo acusador da cara dos outros, pois esse dedo voltará enlameado para você. Certo Zé? Pois até o “J” você perdeu. Quem sabe, você que sempre ganhou, agora apanhando aprenda ser mais humilde, pois a falta de humildade te fez perder! E agora Zé? Aprendeu? E um dia fui teu fã....
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Parabéns, Doutor!
ResponderExcluirAh, se todas nossas lideranças tivessem a coragem de se posicionarem.