PORQUE NÃO LIBERAR A MACONHA?

Em recente seminário promovido pelo jornal “Folha de São Paulo”, em que participaram cientistas de todos os matizes, tais como neurocirurgiões, médicos, biólogos, juristas, jornalistas, etc., chegou-se a conclusão que há consideráveis princípios ativos na “Cannabis” com potencial terapêutico, selecionados ao longo de mais de 5.000 anos de uso. E mais, o álcool é mais danoso a saúde do que a maconha, e que seria uma forma de controlar os danos causados pela “erva”, e que as pessoas somente morrem de overdose, porque não sabem o que está usando e que tudo não passa de uma questão de saúde pública. Afirmaram também, nesse conclave que “algumas pessoas realmente precisam ser protegidas da maconha, como grávidas e crianças com cérebro em formação, assim como outras pessoas precisam ser protegidas do leite porque têm intolerância à lactose”. Mas o que mais chama a atenção é o fato de que se chega a conclusão que a violência do combate a maconha causa muito mais malefício do que o uso da droga propriamente dita. É certo que caso houvesse a liberação da maconha, acabaria a violência do tráfico, onde morrem muitas pessoas assassinadas, diminuiria a grande quantidade de corrupção que há no meio policial, diminuiriam em muito a quantidade de presos, e o assunto sendo debatido abertamente pela sociedade, por certo diminuiria também a quantidade de consumidores, e por óbvio desapareceria a figura do traficante, que é o único beneficiado com a sua proibição. Certo é que segundo os personagens que são favoráveis a liberação da droga, a maconha apresenta os seguintes benefícios: Legalizar permitiria controlar a distribuição da erva, definindo idade mínima para comprá-la;Se a maconha fosse vendida, os traficantes e a criminalidade seriam enfraquecidos; Os danos causados pela maconha são pequenos e poucos usuários se tornam dependentes; A erva tem finalidade terapêutica comprovada contra ansiedade,insônia,dores, etc.. Na verdade tudo pode fazer mal à saúde e nem por isso as frituras e o álcool, por exemplo, são proibidos, a nossa legislação é ruim, a polícia, os juízes e promotores dizem quem é traficante de acordo com suas convicções e amizades, portanto o filho de uma pessoa abastada ou membro de determinadas seitas jamais irá para o presídio, porque independente da quantidade que for apreendido em seu poder, ele será taxado como usuário, enquanto o cidadão pobre, ou negro, poderá portar um mínimo possível, estar “usando” um pequeno pacau que ele será enquadrado como traficante e irá curtir longos anos de prisão. Quem duvidar, basta freqüentar os cartórios criminais e verificar a situação daqueles que estão respondendo processo criminal por tráfico de drogas e quem está respondendo como usuário da mesma droga ou até pior. Nessa pesquisa você verá que o usuário teve apreendido uma grande quantidade mais é rico, ou filho de rico ou de pessoas influentes na sociedade, e, aquele que estiver respondendo por tráfico, teve apreendida uma pequena porção e é pobre ou negro. Razão pela qual, após muito refletir é que chegamos à essa conclusão: No País da desigualdade social e discriminação, que é o Brasil, uma forma de combater a injustiça, começaria por combater a própria Justiça, que é cega por conveniência e não vê porque não quer enxergar!Pensem nisso