A semana passada, foi uma bela semana podemos assim afirmar porque foi a semana do Natal, uma semana que prenuncia novos tempos e de boas novas. Sempre foi assim, é Natal, é tempo de reflexão, mas sinceramente isso não passa de pensamentos rápidos, de divagações e quando muito de mera retórica, porque na verdade continuamos sempre os mesmos, com os mesmos desejos e mesquinhez. Pois bem, continua o ser humano "fominha", querendo ser mais do que os outros, cada vez mais hipócrita e apenas pensando em si mesmo. Quer um sonoro exemplo? Todos viram na imprensa escrita, nas emissoras de televisão, e na imprensa falada também, que segundo a sua Excelência, a Dra. Eliana Calmon, Magistrada de carreira e corregedora Nacional do Conselho Nacional de Justiça, 45% (quarenta e cinco por cento) dos juízes brasileiros, têm lá seus pecados pesados, ou seja, os patrimônios deles não batem com o que ganham, e por isso uma grande porção desses magistrados estão e merecem ser investigados. Entretanto o que mais chama a atenção e deve chamar mesmo, é o fato de todas as associações de magistrados ( Federais, do Trabalho e Estaduais), terem ido bater as portas do Supremo Tribunal Federal- STF, em busca de socorro, visando barrar as investigações do Conselho Nacional de Justiça - CNJ, quando deveria ser o contrário, procurar demonstrar que seus filiados são honestos. Confesso que o cidadão comum deve ter ficado chocado, mas nós advogados, não ficamos porque há muito tempo observamos os passos de alguns juízes. É que pelas sentenças que nunca batem com a pretensão da peça inicial que dá início ao processo e muito menos com as provas dos autos e nem com aquilo que está escrito na contestação do réu. Então essas decisões são frutos do que? O meu amigo José Eduardo Cenci, que assim como eu já foi Presidente da Subsecção da OAB em Sorocaba, disse-me certa vez: “Joel, se um extraterrestre descesse aqui na Terra, e fosse ler a legislação brasileira, iria achar que temos o sistema legal mais perfeito do mundo, e que aqui seria o paraíso”. Estava pensando nessas palavras, esses dias, e cheguei a seguinte conclusão: “O problema não é a legislação que de fato é boa, o nosso edifício jurídico é completo, mas o problema reside, na sua aplicação, pois infelizmente são seres humanos os seus aplicadores”, certo que alguns pensam que são deuses, tudo bem, que outros têm certeza que o são tudo bem também, agora, o que não é correto e não é justo, são esses seres humanos, que pensam serem deuses ou semi – deuses, darem esses exemplos sujos e exigir de outros seres humanos iguais a eles, e muitos até melhores, que cumpram decisões sujas e desonestas, de mãos enlameadas pela corrupção, e quando são pegos com a mão na massa, vão atrás de instrumentos jurídicos que na maioria das vezes negam para os outros, simples mortais, iguais a eles. Acho que cabe aqui, aquele brocardo, utilizado pelos romanos: ““À mulher de César não basta ser honesta, tem de parecer honesta”.” Só nos resta, agora, esperar o repúdio do povo, como fizeram os romanos com a mulher de César!
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
OS JUÍZES, O PATRIMÔNIO E A MULHER DE CESAR!
A semana passada, foi uma bela semana podemos assim afirmar porque foi a semana do Natal, uma semana que prenuncia novos tempos e de boas novas. Sempre foi assim, é Natal, é tempo de reflexão, mas sinceramente isso não passa de pensamentos rápidos, de divagações e quando muito de mera retórica, porque na verdade continuamos sempre os mesmos, com os mesmos desejos e mesquinhez. Pois bem, continua o ser humano "fominha", querendo ser mais do que os outros, cada vez mais hipócrita e apenas pensando em si mesmo. Quer um sonoro exemplo? Todos viram na imprensa escrita, nas emissoras de televisão, e na imprensa falada também, que segundo a sua Excelência, a Dra. Eliana Calmon, Magistrada de carreira e corregedora Nacional do Conselho Nacional de Justiça, 45% (quarenta e cinco por cento) dos juízes brasileiros, têm lá seus pecados pesados, ou seja, os patrimônios deles não batem com o que ganham, e por isso uma grande porção desses magistrados estão e merecem ser investigados. Entretanto o que mais chama a atenção e deve chamar mesmo, é o fato de todas as associações de magistrados ( Federais, do Trabalho e Estaduais), terem ido bater as portas do Supremo Tribunal Federal- STF, em busca de socorro, visando barrar as investigações do Conselho Nacional de Justiça - CNJ, quando deveria ser o contrário, procurar demonstrar que seus filiados são honestos. Confesso que o cidadão comum deve ter ficado chocado, mas nós advogados, não ficamos porque há muito tempo observamos os passos de alguns juízes. É que pelas sentenças que nunca batem com a pretensão da peça inicial que dá início ao processo e muito menos com as provas dos autos e nem com aquilo que está escrito na contestação do réu. Então essas decisões são frutos do que? O meu amigo José Eduardo Cenci, que assim como eu já foi Presidente da Subsecção da OAB em Sorocaba, disse-me certa vez: “Joel, se um extraterrestre descesse aqui na Terra, e fosse ler a legislação brasileira, iria achar que temos o sistema legal mais perfeito do mundo, e que aqui seria o paraíso”. Estava pensando nessas palavras, esses dias, e cheguei a seguinte conclusão: “O problema não é a legislação que de fato é boa, o nosso edifício jurídico é completo, mas o problema reside, na sua aplicação, pois infelizmente são seres humanos os seus aplicadores”, certo que alguns pensam que são deuses, tudo bem, que outros têm certeza que o são tudo bem também, agora, o que não é correto e não é justo, são esses seres humanos, que pensam serem deuses ou semi – deuses, darem esses exemplos sujos e exigir de outros seres humanos iguais a eles, e muitos até melhores, que cumpram decisões sujas e desonestas, de mãos enlameadas pela corrupção, e quando são pegos com a mão na massa, vão atrás de instrumentos jurídicos que na maioria das vezes negam para os outros, simples mortais, iguais a eles. Acho que cabe aqui, aquele brocardo, utilizado pelos romanos: ““À mulher de César não basta ser honesta, tem de parecer honesta”.” Só nos resta, agora, esperar o repúdio do povo, como fizeram os romanos com a mulher de César!
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cruzes. a coisa tah feia em todos os lugares, não
ResponderExcluirexiste mais gente honesta nesse Brasil lulista.
A Cesar o que é de Cesar, ao juiz o que é do Juiz. Muita grana, o resto é inveja de quem não pode nada e só reclama. Quer ganhar ação sem pagar, então reclame pro bispo.
ResponderExcluir27/12/2011
ResponderExcluirAlgumas pessoas se julgam acima da lei. Porém acima de toda e qualquer determinação, está um Ser Maior, que coordena se vivemos ou morremos, e faz o sol brilhar sobre todos.
Porém, o sol se esconde, e reaparece, e nesse movimento, pessoas que parecem honestas, buscam formas de “ser um pouco mais recompensadas”, mesmo que não seja da maneira mais adequada.
Temos acompanhado escândalos proporcionados por autoridades, de todas as denominações possíveis e imagináveis existentes no Poder Judiciario, e a verdade é uma só: “ quem não deve, não teme ”.
Tentar desacreditar, incriminar, e caçar os poderes de uma mulher que está exercendo o seu trabalho, é uma forma de distorcer a veracidade de uma situação que está latente e pode ser percebida pela população.
Não dá para disfarçar. O que está latente, se manifesta na postura, no comportamento, enfim no modo de viver do sujeito.
A lei foi feita para todos, não só para as mulheres, os pobres, os negros, os deficientes. Embora seja feita pelos inteligentes, e empregada pelos competentes, não vale, o dizer que ouço repetidamente que é:
- “quem parte e reparte e não fica com a melhor parte, ou é bobo ou não tem arte”.
Portanto, senhores (as) magistrados (as), não se protejam atrás de associações, deixem a investigação fluir, e que os culpados sejam apresentados, para que os inocentes sejam liberados, pois juízes bons e honestos existem, mas se não houver essa “filtragem”, todos ficarão com o mesmo selo: CORRUPTO.
Toda e qualquer autoridade, nos é conferida por Deus e como tal deve ser respeitada, por favor senhores, não banalizem o poder que lhes foi conferido utilizando-o em causa própria.
Vamos esperar, nada melhor que o tempo para nos mostrar, embora justiça tardia, se configure como injustiça, mas o tempo é senhor da razão.
Laba Reda
Leia abaixo as notas dos magistrados enviadas à imprensa:
ResponderExcluirO contramanifesto dos juízes federais:
MANIFESTO PÚBLICO
Os Juízes Federais abaixo identificados vêm, publicamente, manifestar-se contrariamente às recentes notas públicas emitidas pela Associação de Juízes Federais do Brasil (AJUFE), especialmente aquelas que criticam a atuação da Corregedora Nacional de Justiça, Ministra Eliana Calmon.
Entendemos que a agressividade das notas públicas da AJUFE não retrata o sentimento da Magistratura Federal. Em princípio, os Juízes Federais, signatários deste manifesto, não são contrários a investigações promovidas pela Corregedora. Se eventual abuso investigatório ocorrer, será questão a ser analisada concretamente. Não soa razoável, de plano, impedir a atuação de controle da Corregedoria, até porque toda a Magistratura – em qualquer grau (inclusive Tribunais Superiores) – deve satisfação de seus atos à sociedade.
Pelo exposto, esclarecemos que não nos sentimos, neste episódio, representados pelas notas públicas que, em verdade, expressam antagonismo à consolidação democrática.
29 de dezembro de 2011.
(lista em ordem alfabética dos juízes federais que aderiram ao manifesto até sua divulgação)
ADENIR PEREIRA DA SILVA (SP)
ANA CAROLINA VIEIRA DE CARVALHO (RJ)
ANA PAULA VIEIRA DE CARVALHO (RJ)
ANTONIO ANDRE MUNIZ MASCARENHAS DE SOUZA (SP)
CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS (PA)
CÍNTIA MENEZES BRUNETTA (RN)
DAGOBERTO LOUREIRO (SP)
DAVID WILSON DE ABREU PARDO (DF)
EDUARDO CUBAS (GO)
EDUARDO FRANCISCO DE SOUZA (RJ)
FERNANDO HENRIQUE CORREA CUSTÓDIO (SP)
FRANCISCO ALVES DO SANTOS JÚNIOR (PE)
GEORGE MARMELSTEIN LIMA (CE)
HELDER GIRÃO BARRETO (RR)
JANAINA CASSOL MACHADO (SC)
JEFERSON SCHNEIDER (MT)
JOÃO BATISTA DE CASTRO JUNIOR (BA)
JOAQUIM LUSTOSA FILHO (PE)
MARCELLA ARAÚJO DA NOVA BRANDÃO (RJ)
MÁRCIO BRAGA MAGALHÃES (PI)
MONIQUE BIOLCHINI (RJ)
ODILON DE OLIVEIRA (MS)
RICARDO CÉSAR MANDARINO BARRETTO (PE)
RICARDO RIBEIRO CAMPOS (PB)
ROBERTO WANDERLEY NOGUEIRA (PE)
ROGÉRIO VOLPATTI POLEZZE (SP)
SANDRA MEIRIM CHALU BARBOSA DE CAMPOS (RJ)
SÉRGIO FERNANDO MORO (PR)
Extraido do Consultor Jurídico de 29/12/2.011, o que demonstra que há juizes honestos em nosso País e sabem que essa luta contra o CNJ, e sua Corregedora Nacional, emporcalha o Judiciário brasileiro.
Interessante pontuar o seguinte: somente esses magistrados existem no país inteiro? Aaaacho que não, não é mesmo? Entendam! Não estou pondo fogo em nada, eu SOU FOGO quando se trata de se fazer respeitar nobres valores como a honestidade... Quem dirá proveniente daqueles que devem distribuir a Justiça. Assinado: Foguinho Foguinho.
ResponderExcluirPrezado Foguinho Foguinho. Vejo que você é um bom menino, com certeza você se refere a lista
ResponderExcluirdos que assinaram em favor da magistrada e não
aceitando o papel das "famosas entidades", não
é mesmo? Mas é que tem aqueles que preferem a
omissão, ou não querem se intrometer, também há aqueles que preferem ficar despercebidos, na dúvida se estão sendo investigados ou não, mas que todos os juizes honestos deveriam se mostrar agora, não resta a menor dúvida. Eu tenho razões para não me intrometer, desculpe! Pedro Fujão.
E querem julgar a nós os políticos! Eles são piores do que todos nós juntos, não há dúvida.
ResponderExcluirFernanda Gaivota
Jesus disse para os judeus que os juizes são deuses em João 10:34,35 quando citou Salmos 82:6. Portanto se homens mortais são chamados de deuses imagine Jesus que recebeu de Deus, o Pai, toda autoridade!
ResponderExcluirEntâo a bíblia está correta em afirmar que O Pai é o Deus de todos os deuses (Deut. 10:17), porque ele é o Deus dos juízes que são deuses (Salmos 82:6) e é o Deus de Jesus que é Deus (João 1:1). Veja que é o próprio Jesus que afirma que o Pai é o Deus dele ( João 20:17; Apoc. 3:12)
Você acredita nesses versículos bíblicos que dizem que o Pai é o Deus de todos os deuses?
vou responder:
ResponderExcluirVamos, primeiramente, aos textos bíblicos: “Eu disse: sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo”. (Salmo 82:6). “Replicou-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses?” (João 10:34). O texto mencionado no Salmo 82 é uma acusação aos juizes injustos que se intitulam ou se compararam como deuses. A tradição rabínica aplica o termo “deuses” na qualidade de serem juizes. (Talmude, Edição Sonsino pág. 21). Jesus apenas está respondendo às pessoas que lhe procuraram nos próprios termos da tradição deles. (João 10:35). Contudo, Jesus era Deus num sentido totalmente diferente falado no Salmo 82:6, que seriam “pequenos deuses”. Muitas vezes os Juizes, pela influência que têm, são até considerados com “pequenos deuses”, porque exercem o Juízo, que é uma prerrogativa de Deus.
Estamos maus mesmo. É o fundo do poço. Acreditar
ResponderExcluirem quem agora?