Joel de Araujo Advogados

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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A VIDA FORENSE !

Recebi de meu amigo e colega admirável, Dr. David Ferrari Juinior, o texto postado abaixo, que


tomo a liberdade de "colocar" no meu Blog, uma vez que retrata com singeleza e plena veracidade a nossa atividade diária. É correto sim afirmar que o exercício da advocacia, como qualquer outra atividade forense, vem perdendo o seu romantismo, e com ela perdendo também o seu humanismo. Ah, éramos tão felizes, e não sabíamos. Vale a pena ler. Joel de Araujo.
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A VIDA FORENSE!


Por David Ferrari Junior, Advogado.


Certo dia, lá pelas tantas da noite, estava fazendo pesquisa sobre determinado tema jurídico, quando me deparei com o texto do Dr. Vladimir Passos de Freitas, Desembargador Aposentado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região e professor de Direito Ambiental da PUC/PR, sob o título “O bom humor na vida forense morreu de inanição”, o qual discorria sobre o passado e o presente, daqueles que se propõem a ser um operador do Direito. Dizia o missivista, que “a vida forense sempre foi plena de casos (ou causos) engraçados, pitorescos, armadilhas que a vida prepara”, e sempre existiram os advogados, mais experientes, para contar uma série delas, entretendo os advogados novatos, que chegavam ao Fórum, transbordando entusiasmo e esperança na profissão, ávidos pela carreira. Presenciei muito deles, o mestre Dr. Carmine Grasiozi, Dr. Rubens Coelho, Dr. Antonio Gomes, Dr. João Martins, até o “barão” Dr. Wilson Machado, e muitos outros. Que bom ter em minha memória esse “tempo de cartório”. Porém, o tempo passou e “o bom humor na vida forense morreu de inanição”, pois os contos foram sumindo, o romantismo da advocacia foi perdendo espaço para a tal globalização, e sem hora e data marcadas, o bom humor na vida forense morreu, pior, sem que fosse notado. Os novos tempos, obrigaram os profissionais do Direito, a ter nova vida, é verdade menos rica, pois certos valores foram perdidos e deixados pra trás. É o preço do progresso, do novo, do moderno. É a lei do menor esforço. Com o desenfreado crescimento dos cursos jurídicos no País, o mercado foi ficando cada vez mais saturado, obrigando os advogados, em especial, os mais jovens, a fazer cursos de especialização, pós graduação, línguas, informática, até mesmo manusear uma máquina sofisticada para tirar fotos do processo e depois transferir a imagem para o computador, que no mais das vezes está a tira colo ou até mesmo no bolso paletó. Assim é que a vida forense, ficou cada vez mais triste, penosa, pois já não se ouve mais aqueles contos, “causos” pitorescos, que tinham o condão de alegrar o ambiente, hoje, carregado pelo acumulo de processos, falta de espaço físico e de melhor estrutura. Quem de nós já não perdeu o controle. Existem advogados que vêem o colega da parte adversa como inimigo. Quem não presenciou Juiz que não cumprimenta as pessoas (funcionários, advogados, cidadãos), Promotores, como diz o missivista acima citado, “que se consideram os detentores únicos das virtudes da humanidade”, Policiais revoltados com o baixo salário. Funcionários com extremo desinteresse pela função e verdadeiros fiscais do relógio, em especial o do ponto. Com tudo isso acontecendo, não podia mesmo, o bom humor da vida forense sobreviver, pois, “o mundo do Direito, por si só é difícil. Ninguém procura os tribunais para divertir-se. Conflitos envolvendo a liberdade, patrimônio, guarda de filhos, geram tensão, insatisfação”, razão pela qual o tratamento formal, o tal “data vênia”, foram sendo questões de sobrevivência no meio turbulento, onde a opinião contrária pode agravar o que já é grave. O pior é que “o bom humor da vida forense morreu”, impossível a ressurreição, nem mesmo, há possibilidade de renascimento, pois “os tempos modernos” não permitem a volta do boêmio e romântico prazer na arte de advogar. Por fim, destacando o missivista citado, “para que a vida não perca o encanto, parodiando a máxima bíblica (atire a primeira pedra quem...) vale perguntar: quem, segunda-feira, ao participar de uma atividade forense, dará o primeiro sorriso ? Ou um cordial boa tarde ? ”

12 comentários:

  1. Grande lição. Parabéns à dupla dinâmica.
    Luis Estevão (adv.)

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  2. Grande David, você que foi meu mestre, mostrou nesse texto uma outra face. A face da bondade e
    da compreensão. Seja sempre assim. Camila.

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  3. Legal. Gostei! Mas há outros artigos muito bons neste Blog. Recomendo. Kátia.

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  4. E O DR. JOEL, PAROU DE ESCREVER PORQUE? VALESKA.

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  5. DIA PESSOAR! TARDI!CUMU TÁ INDO OCÊ? SABIA QUI O HAMIRTU SUMIU DA SIGUNDA VARA DU TRABAIO DI SURUCABA. SABI ONDI ELI VAI INFERNÁ AGORA? NUM SEI NÃO CUMPADRI. PUIS É. EM ITU. TAMÉM CUM EGU DAQUELI TAMANHU SÓ PUDERIA IR PRA ITU, UAI. EITA NÓIS. TARDI, VIU?

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  6. EITA NOTICIA BOA SÔ. GANHEMUS U DIA. JÁ VAI TARDI. VAMU DISCANSAR UM POCO AGORA, NÉ.

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  7. PELO JEITO O "BROGUE" DO JOEL DEU PRA FALAR MAL DOS OUTROS AGORA? QUEM SERÁ A PRÓXIMA VÍTIMA? SERÁ O JAPONÊS OU O SENSI DA OAB? VAMOS ESPERAR QUE VEM BOMBA POR AÍ.

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  8. Dr. Joel. Peço que o senhor volte a escrever os belos artigos que acompanhamos, pelo conteúdo.
    Fernando Bezerra.

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  9. Com saudade me recordo desses tempos idos. Tempos idos que sinto que não retornarão vez que na atualidade o ser humano preocupa-se em vencer e não a se fazer justiça. Fernando Pitueba.

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  10. Eu também acho e por isso mesmo também quero ver quem irá cumprimentar o colega na mesa de audiência ao contrário da costumeira cara feia, para assustar os jovens e tentar amedrontá-los. Leitão.

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  11. Fui ao forum hoje, eu cumprimentei o Juiz e ele não respondeu, e ainda olhou feio para mim. E agora? Dr. Manoel

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  12. Na próxima vex, moxtra a língua prele. ehehehe

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