No sábado que antecede ao domingo de Páscoa, fui convidado pela minha esposa a ir com ela em uma “ceia judaica”, cujo evento iria acontecer como de fato aconteceu no colégio Salesiano de Sorocaba. Vou esclarecendo desde logo, para as pessoas que me conhecem e não me vêem na missa que não sou católico, daí a razão do convite. Quando chegamos ao local, vi as janelas, portas e demais ambientes ornamentados com a estrela de Davi, fui logo pensando: Pronto, os judeus arrumaram um jeito de influenciar o povo católico, e esperava sinceramente que fosse mais um evento político, a partir do momento que ali cheguei, do que um evento religioso, conforme a tradição cristã, não importando o credo. Contudo, para minha surpresa, foi sim um evento religioso, e o celebrante, na medida em que ia nos esclarecendo, a gente participando de todo aquele simbolismo, acabei percebendo que de fato foi contada a história da libertação do povo Hebreu da escravidão do Egito, mas ao mesmo tempo inserindo na história a figura de Jesus Cristo, o Filho de Deus, cuja missão era o de libertador de almas. Comemos ervas amargas e verdes ( agrião, rúcula e almeirão) que a gente mesmo “batizava” na salmora, tomamos vinhos por algumas vezes, comemos o pão ”ázimo” que é um pão sem fermento, cantamos alegremente e no final houve o jantar composto de arroz branco, arroz com lentilhas, lentilhas, carneiro cozido, frango assado e vinho a vontade. Tenho certeza absoluta que o vinho era nacional, mas confesso que há muito tempo não bebia um vinho tão delicioso, e olha que modéstia à parte eu conheço um pouco de vinho porque é uma bebida que não falta em minha casa e eu mesmo é quem compro, das mais variadas marcas: francês, chileno, argentino, português e alguns nacionais. A razão disso tudo, é dar meu testemunho de um evento tão simples, tão grandioso, e gostoso, comi e bebi à vontade, e o interessante é que enquanto participávamos, tive a sensação de que estávamos lá naquela época A.C., e D.C., mas num passado remoto, onde as pessoas realmente se confraternizavam e eram irmãos de verdade; aprendemos que os Hebreus daquela época, se preocupavam de verdade uns com os outros, tendo como Senhor de seus destinos o Próprio Deus, a quem tudo entregavam. Foi aí que pude perceber, nessa mesa da fraternidade, aquela passagem Bíblica que nos alerta à não nos preocupar com o dia de amanhã. Como é gostoso, sentar á mesa da fraternidade e sentir que você pode ajudar o seu próximo sem muito alarde, beber junto, comer junto, orar junto. De tudo isso, posso afirmar uma coisa: Foi tão bom, que no próximo ano, se Deus permitir, eu lá estarei novamente, se você amigo, puder, vá também, garanto que sairás mais leve e mais feliz daquele lugar, porque você sente uma alegria imensa e percebe Deus ao seu lado! Mas, aproveitando o tema, li essa semana em uma revista, que por ocasião do julgamento de Cristo, “ na quinta –feira à noite Jesus foi preso. Os guardas o esbofetearam,chutaram e cuspiram em seu rosto. Ele passou a madrugada sem dormir e sem comer. Ao ser julgado, na manhã do dia seguinte, já estava, portanto, muito debilitado”. Interessante, passaram séculos e mais séculos, e vemos a polícia agindo da mesma forma diariamente. Parece que nada mudou, prendem, invadem domicílios, agridem, mentem, forjam provas e lá está o Juiz e o Promotor de Justiça, acreditando nas “provas” arrancadas no mais doloroso suplício. Penso as vezes que caso Cristo retornasse à Terra, com as mesmas pregações, por certo teria o mesmo destino, seria preso por soldados, cumprindo ou não ordens de certas autoridades, e seria agredido, morto e jogado em uma vala comum, como acontece diariamente com centenas de seres humanos nesse nosso querido Brasil, sem que ninguém tenha autoridade moral e coragem de gritar : Parem, são seres humanos, é um crime contra a humanidade o que vocês fazem . Triste sina a nossa!
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Pode por meu nome na lista vou estar lá. É de graça? Mas se não for eu pago. Quero comer até
ResponderExcluirestufar a barriga.
Nada como estar em ambiente saudável e com quem gostamos.
ResponderExcluirpessoas inteligentes são assim, conseguem assimilar várias coisas para explicar outras. gostei do artigo. parabéns Dr. Joel. júnior/adv e pai de sanguessuga.
ResponderExcluirMuito bem, mesmo, mas já estou cheia de ser chamada de sanquessuga. Juro que não sou. Eu trabalho.
ResponderExcluirPare de me chamar de sanquessuga, porque eu vou te desmascarar. docinho!
ResponderExcluirUm texto tão belo, e as pessoas não curtem? ficam brigando ou brincando (?) entre sí. Fala sério. É para refletir. Fernanda a carioquinha.
ResponderExcluirA ceia judaica, é de fato uma maravilha, principalmente para quem tem dinheiro. Eu
ResponderExcluirsó posso tomar uma pinguinha de vez em quando
e ainda me chamam de pingusso. Rafael.
Gostei muito desse seu texto, as vezes um lugar e algumas pessoas de paz, nos trazem uma paz diferente,verdadeira, acho que esse evento deve mesmo ter sido muito bom!!!
ResponderExcluirJanete
Muito bom texto sobre a ceia judaica, achei bem bonito.
ResponderExcluirMaria Janete Cepil