Os pais
vêm encontrando dificuldades para educar
suas crianças e alguns acabam responsabilizando o mundo pelas crises que enfrentam ao empreender
esta tarefa. Educar não é fácil, pois tira o conforto do momento, embora
estabeleça um conforto mais amplo quando esta criança se depara com o mundo
exterior, onde terá que solucionar suas próprias necessidades, o que leva a
crer que educar é um ato de
sustentabilidade. De quem se aprende? Aprende-se de sua mãe, (Maturana).
Aprende-se em casa, com os responsáveis diretos pelo seu desenvolvimento. O que
se vivencia na infância como pratica educativa, leva-se para a vida, até que
novas circunstâncias atuem para que se
resignifiquem os comportamentos aprendidos, porém continua valendo a
máxima, é de pequenino que se torce o
pepino. As praticas educativas exercidas pelos pais, podem ser consideradas
atos de afeto, e não de injustiça como pensam alguns filhos enquanto se acham
submetidos a responsabilidade paterna. Da mesma maneira que quanto mais o filho alternar contestações ou
criticas com atos de afeto dirigidos aos seus pais, mais sadio se apresenta na
relação pai/filho, pois está construindo sua individualidade através da
libertação da dependência, ao contrário de crianças que vivem para agradar seus
pais. Em diversas famílias encontramos pais que não conseguem proclamar
claramente aos filhos, regras e limites. Uma pessoa relatou-me que havia feito
uma compra em uma feira e com sua sacola se dirigia ao carro para guarda-la
quando cruzou com um casal acompanhado de uma criança de aproximadamente 5
anos, que correu em sua direção, deu um chute na sacola, e os adultos se
perderam em
gargalhadas. O que aprendeu essa criança, nesse ato? Educar
filhos é uma tarefa delicada, paciente que exige sabedoria, conhecimento,
fortaleza, compaixão e muito amor. Os pais necessitam estar conectados às
necessidades e pedidos de suas crianças e dotados de animo compassivo para que
nessa tarefa não se perca o sentido da própria vida, não olhando para o mundo,
como o causador desta ou daquela situação, mas como estamos atuando para que
isso aconteça, pois, filhos nos pedem limites, e também nos impõe limites e,
não é tudo que quero que posso, e nem tudo que posso eu devo.
Maria Aparecida Wahl de Araujo
Psicóloga - CRP 06/69907 e Acupunturista
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