Ontem dia 08/11/2012, teve um ato de
desagravo público deferido a um colega na casa do advogado de Sorocaba.
Como nós sabemos, o desagravo é um repúdio da classe dos advogados, contra a
autoridade ofensora e em favor do advogado ofendido no exercício de sua
atividade profissional, portanto ao ser deferido deve ser remorado o ato
afrontoso que atingiu o colega advogado agravado no cumprimento de seu dever,
por isso mesmo as autoridades da OABSP, no mínimo os conselheiros estaduais da
entidade deveriam estar presentes para demonstrar a grandeza do ato de
desagravo,, posto que o ofendido não é somente o advogado, mas o próprio
jurisdicionado que necessita ser defendido por um advogado que não teme sua
liberdade e até a própria vida se necessário for. Ontem, portanto,quem deveria ser alvo do desagravo
era o Ilustre colega Dr. David Ferrari Junior, ofendido por um Promotor de Justiça no exercício regular de sua
atividade profissional, digo que era, porque para mim não foi desagravado o
ilustre colega, pela grandiosidade que representa um ato público de desagravo.
O ato de desagravo deveria ser amplamente divulgado com avisos fixados nas
salas da OAB de todos os fóruns ( estadual, federal) e pela mídia local, com edital
publicado na imprensa, no jornal de maior circulação da cidade, narrando um
resumo dos fatos e convidando a sociedade e
os colegas advogados, para participarem desse ato e com isso tornar
público o repúdio da classe dos advogados e até da sociedade pelo ato injusto
praticado pela autoridade ofensora. Não
é saudosismo, não, mas na época em que fomos Presidente da 24ª subsecção da
OAB, todos os casos de desagravos eram amplamente divulgados na mídia, pagávamos
para ser colocado na melhor página do jornal, em destaque mesmo, como deve ser, nominando a autoridade que
ofendeu o advogado, conforme determina o Estatuto da OAB, em seu Regulamento Geral ,
artigos 18 e 19, e parágrafos e incisos, e sempre era casa cheia. Mas parece
que vozes superiores do Conselho da OABSP, acovardados ou por interesses
escusos, não autorizaram a ampla divulgação de que fala a Lei, aliás, isso, a
covardia, e defesa de interesses pessoais, tem sido a marca registrada da
administração Dúrso. É ele sim, o responsável pela covardia e o empobrecimento físico
e psicológico da classe dos advogados, e ainda tem ele, “a ousadia” em dizer
que o advogado foi desagravado. Estive presente e lá estavam apenas 21 colegas,
de um universo onde somos mais de 4.000 advogados somente em Sorocaba, que eu
tive a cautela de contar os presentes, apenas 21 colegas advogados não se intimidaram e mostraram que não são
covardes, apesar da OAB que temos. Isso é uma demonstração de que não houve
divulgação pela entidade que tinha o dever de divulgar e em defender o colega
ofendido. A continuar assim, dia chegará em que não seremos respeitados nem por
“guarda noturno” em que pese nossos respeitos a esses profissionais, o que é
lastimável, tendo em vista o patamar constitucional em que foi erigida a
advocacia pelo artigo 133 da Carta Magna de nosso país. Lastimável, sobre todos
os aspectos a solenidade, cuja oradora apesar de todo seu esforço, não
conseguiu animar a “platéia”, tive a impressão que era tudo arranjado. Lamentei
sinceramente pelo meu amigo e combativo advogado David Ferrari Junior, que
apesar de sua bravura, não foi respeitado à altura, e acredito que esse desrespeito
atingiu toda a classe dos advogados. Entretanto, coloquem os ofensores “as
barbas de molhos” porque sendo Toron o vencedor nas eleições que se avizinham,
essa corja que levou a nossa advocacia aos limites da covardia que hoje se
encontra, irá pagar caro pela sua inércia e omissão, daí a importância de um
conselho estadual da OABSP comprometido com a classe,e não apenas com a “carteirinha
de conselheiro”, preferindo estar bem com as autoridades em detrimento da
classe, portanto esse é também o reflexo do conselho estadual da OABSP. Por
isso mesmo, que eu me dirijo aos colegas Advogados, para que despertem, agora o
ofendido foi o colega David Ferrari Junior, amanhã, poderá ser qualquer um de nós.
Vamos, portanto, sair da indiferença e mostrar a cara, vamos lembrar que nesse
episódio o ofendido não foi somente o colega advogado, e sim todos nós,
conforme fala a Lei e apontado inicialmente. Agora não somente pela
“otoridade”, mas pela diretoria de nossa própria classe! Joel de Araujo , foi
presidente da 24ª subsecção da OABSP por duas gestões, foi membro do Conselho
Estadual, e atualmente é membro do Conselho Estadual pela chapa encabeçada
pelo advogado, Alberto Zacharias Toron, nas eleições da OABSP do dia 29/11/2.012.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
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