Amigos,
“Era
fatal que o faz de conta terminasse assim”, diria o compositor popular sobre o
desfecho da ação julgada esta semana pela Justiça, que houve por bem determinar
que a Prefeitura retire da entrada da cidade o totem religioso com os dizeres
“Sorocaba é do Senhor Jesus”. Sob o fundamento de que o Estado é laico, a
sentença proíbe, mais, que marcos que atribuam a “propriedade” do município a
outras denominações religiosas sejam instalados. Reza, perdão, diz-se que política e religião não são assuntos para
serem discutidos. Discordo. Até porque outra coisa não tem sido feita desde que
a manutenção do monumento nas imediações da rodovia Castelinho foi questionada
junto ao Ministério Público por dois estudantes de Direito. Não esperem, por
favor, que eu use da lógica maniqueísta e alinhe-me às correntes que defendem
ou são contrárias ao marco. A questão vai além desse desdobramento. Como
observador, entendo (e já declarei isso quando entrevistado) que Deus está onde
as pessoas que professam fé religiosa querem que ele esteja. Em sua
Onipresença, o pai de infinita bondade e misericórdia não precisa ser
materializado ou colocado em lugares pré-estabelecidos. Ocorre uma história que
ouvi e que compartilho com os que me acompanham. Conta-se que, certa vez, no
céu, foi confiada aos anjos a missão de encontrar um espaço onde Deus pudesse
ficar sem ser descoberto pelo homem. Depois de muito pensar, as criaturas
celestiais cogitaram de “escondê-Lo” no mar, no céu, em meio às estrelas e
outras tantas sugestões. Nenhuma pareceu suficientemente plausível, acertada.
Foi então, que um anjo anunciou aquela que seria a fórmula mágica. Todos se
voltaram para ouvir a iluminada ideia. Disse ele, então, que o lugar onde Deus
poderia estar mais seguro do homem, seria dentro do coração do próprio homem.
Ali, sentenciou, ninguém ousaria procurá-lo. A mim parece que, não apenas aqui
em Sorocaba, mas no resto do mundo, o homem continua a procurar Deus. E, ao
fazê-lo, apega-se em formas, marcos, lugares. A Constituição assegura a
liberdade de crença, mas consagra o princípio da laicidade, ou seja, o Estado
não pode ter religião. Foi a tese encampada pela decisão judicial. O que sobra
dessa polêmica é o cuidado que se faz necessário com posturas fundamentalistas.
Oxalá ninguém se arvore em tomar decisões drásticas em nome da convicção
religiosa. Que conviva em paz com Deus dentro de si mesmo. Se Ele está na
entrada da cidade, ou não, pouca diferença faz. Ele, certamente, estará dentro
do coração de cada criatura humana.
Somente posso dizer uma palavra: AMÉM! Deodato Silva. Itajubá.
ResponderExcluirEsse foi o melhor texto que li sobre esse assunto. Lúcidas e belas palavras, realmente Deus, feito Homem por seu filho Jesus Cristo, habita dentro de cada um de nós. Parabéns.Joel. José Pedro de Lima. Sorocaba,Estudante.
ResponderExcluirSorocaba é daquele grupinho do mal.....anônimo.
ResponderExcluirÉ gente pelo jeito em Sorocaba, serão mudados os nomes dos terminais de ônibus santo Antonio, São Paulo, Praça Alan Kardec, Praça da Maçonaria, Vila São João, e por aí vai..... Eta povinho burro, sô! Caetano Pereira, Sorocaba.
ResponderExcluirEsse totem é um desrespeito às pessoas que pensam e que usam o cérebro.
ResponderExcluirO Estado brasileiro deve ser neutro e respeitar todas as religões ou mesmo a ausência dela.
Deveriam punir a pessoa que autorizou a instalação desse negócio.
Fanatismo religoso é uma doença mental que impede as pessoas de pensarem e de evoluírem como seres humanos.
Se fosse possível discutir com pessoas religiosas não haveriam pessoas religiosas.
O fato é que Sorocaba é uma cidade sem lei, há perturbação sonora demais por parte das igrejas, dos bares, dos carros e nada é feito, ninguém é multado.
Como fica o meu direito à não religião??? Já estou enojado com esta cidade.
Viva a ciencia!