Joel de Araujo Advogados

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terça-feira, 23 de março de 2010

COMO SE FAZ UM JÚRI!

Como se faz um Júri!
O Júri estava marcado para as 14:00 horas,e,já às nove, o promotor e o defensor do acusado se preparavam ao redor de uma mesa na churrascaria da praça.Eram dois irmãos invencíveis na arte do copo, sempre encontrados numa sentida solidariedade etílica. Comentou-se que estavam fazendo uma “física” para o Júri e para o qual sairiam diretamente dali já churrascados. Vai daí que, ao grupo, se reuniram mais dois outros igualmente irmãos no copo, naquele dia de passagem na comarca. Conversa vai,conversa vem, enche um copo aqui, esvazia outro ali, acharam de dividir o trabalho: um dos visitantes assumiria a assistência da acusação;o outro iria auxiliar a defesa. Um experiente auxiliar de escritório providenciou as procurações e o requerimento do assistente ao juiz, já simplificado com o “concordo” antecipado do órgão do Ministério Público. Tudo muito fácil. Ao se dirigirem ao foro, já um tanto altos, nem por isso deixaram de suplementar a carga com mais umas canhas, simultaneamente postas, em duas garrafas de água mineral, para libarem durante o julgamento. E mais uma garrafa de mineral legítima, esta como medida cautelar de prudência: porque podia ser o diabo se o juiz, sentindo sede, inventasse de lhes pedir um pouco do “refrigerante”...
O Júri se realizou de pior para pior. Um fiasco. Réplica e tréplica. E, na réplica, o promotor, arrastando a língua- depois de dizer que os jurados já tinham sido, no decorrer dos “debates”, bem esclarecidos sobre o fato, as circunstâncias e a periculosidade do acusado-, declarou que voltava à tribuna simplesmente para “dar uma voada de garça no processo...”. Na sala secreta, ali pela meia noite, o magistrado, que a tudo pacientemente presenciara, vira e ouvira, botou as coisas em pratos limpos, falando aos jurados: “ Os senhores estão aqui como chegaram:não sabem nada do processo. Pois eu vou relatar minuciosamente,tal como se deu esse crime medonho.”
A condenação foi unânime!
Pedro Paulo Filho “ Grandes advogados, Grandes Julgamentos”
ri !

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