Barack Obama já declarou diversas vezes ser brasileiro
Amigos, essa história é verdadeira e demonstra o poder do cinema e da arte. Não é por acaso que Barack Obama já declarou diversas vezes ser brasileiro. Claro que é uma maneira de falar. Ele quer dizer que se parece com os brasileiros, mas, também quer dizer mais do que isso. Vamos aos fatos. A mãe de Barack, Ann Dunham, da cidade de Wichita, estado do Kansas, uma jovem americana que tinha uns 17 anos quando conheceu o estudante de economia, muçulmano do Quênia, o africano Barack Obama. Isso aconteceu em Honolulu, Havaí, onde em 4 de agosto de 1961, nasceu Barack Hussein Obama Jr. o primeiro candidato negro a presidência dos Estados Unidos. Muito fácil de conferir, é só pegar o computador, entrar no “Google” que essas informações aparecerão. Mas, o que não está lá é que a mãe de Barack, a moça branca do Kansas, poucos dias antes de conhecer o negro queniano, seu pai, assistiu o filme “Orfeu Negro”, do diretor francês Marcel Camus. A película foi grande sucesso popular nos EUA e chegou a ganhar o Oscar de melhor filme estrangeiro de 1960.Ganhou também a Palma de Ouro em Cannes em 1959 e o Globo de Ouro de 1960. Confiram as datas e vejam como tudo faz sentido. A jovem Ann adorou o filme. O universo mítico criado pelos versos de Vinicius de Moraes na peça “Orfeu da Conceição”, que serviram de base para o filme, encantaram a moça. Certamente o ator que faz o papel de Orfeu também fez sua parte. Afinal, Breno Mello era muito bonito. E apesar de não ser propriamente um ator - era um jogador de futebol do Fluminense - desempenhou muito bem sua função. Breno morreu aos 74 anos, em julho passado, em Porto Alegre, onde vivia com muitas dificuldades financeiras trabalhando como sapateiro. O filme tem muitas qualidades, do roteiro ao cenário. Do Rio de Janeiro onde as favelas não eram violentas como são hoje, às músicas lindas de Tom Jobim. A favela parece um lugar idílico. Os interiores das casas são simples, mas bonitos. A pobreza não está em primeiro plano. A canção tema é a belíssima “Manhã de Carnaval” cantada pelo grande Agostinho dos Santos com sua voz de veludo. Todas as datas nos levam crer que a moça americana, branca, estava no clima certo, preparada pelo filme para conhecer aquele africano, que viria a ser o pai do possível futuro primeiro homem negro presidente da mais poderosa nação do mundo. Ela deve ter visto o filme depois da premiação do Oscar. O encanto do cinema influenciou a jovem. O resto ficou para o encanto do pai de Barack. Ouçam as músicas e vejam o filme. Vocês vão chegar à mesma conclusão que eu. A contribuição brasileira foi grande. Se não houvesse o samba, o carnaval, o Brasil, não haveria Barack Obama.
PAULO BETTI. Formado pela EADUSP, ator, produtor, diretor ex-professor da UNICAMP
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