HOMENAGEM AO MALANDRO OU AO SENADOR AÉCIO NEVES!

O Jovem Senador da República, Aécio Neves, foi escolhido por parte da imprensa como “porta voz da oposição” e parece que ele aceitou bem essa “missão” e andou falando algumas asneiras no congresso que com certeza alguém escreveu por ele mas para ele. Não é que nesse final de semana, conforme reportagem exibida pelo programa “Fantástico” da Rede Globo de televisão, ele, o Aécio, foi pego com a mão na massa? É que o moço teria dado uma carteirada no guarda. Pois bem, para aqueles que não sabem ainda, Aécio Neves conduzia seu carrão ao lado de sua namorada pelas ruas do Rio de Janeiro, e foi parado numa blitz policial. Como é comum nessas ocasiões, foi lhe pedido a carteira de motorista, que a princípio se recusou em exibí-la, mas exibiu a carteira de Senador da República e para impressionar exibiu também a de ex governador de Minas Gerais, porém o guarda não se intimidou e exigiu a carteira de motorista, pois ele estava dirigindo “cheirando à alcool”( ao que consta estava bêbado) mas o jovem Senador após muito esforço, exibiu a carteira de motorista, foi quando o policial percebeu que estava vencida, portanto “Aécio Neves” não poderia estar dirigindo, então convidado a fazer o teste do bafômetro, também se recusou e não quiz acompanhar os “guardas” até a delegacia mais próxima, todavia contratou um taxista que passava pelas imediações para levar o seu carrão embora. Agora, eu pergunto, essa lei não vale para todo mundo? E se fosse um pobre coitado que estivesse retornando do serviço, o que aconteceria a ele? No mínimo seria conduzido preso. Mas ao Aécio Neves, apenas foi lavrada duas multinhas e aconselhado a validar sua carta vencida. Portanto, meus caros, aquele dispositivo contido no artigo 5º da Constituição Federal não tem validade para alguns, serve apenas para enganar o “povão”, termo chulo e de gosto duvidoso muito utilizado por F.H.C., o padrinho do “Aécio”, é justamente por isso que sou contra a teoria do “Direito Penal do Inimigo”, pois quero para os meus inimigos o mesmo direito que quero para mim, e vice versa o de cidadão. Todavia, fui pesquisar lá no Brasil do passado recente e não é que encontrei uma música de autoria de Chico Buarque, que nos anos de 1970, no Rio de Janeiro, previu essa situação, ao escrever “Homenagem ao Malandro”, por isso eu acredito que a vida imita a arte, basta prestar atenção na letra da música que vai logo abaixo, e depois me conta! Homenagem Ao Malandro Chico Buarque Eu fui fazer um samba em homenagem/à nata da malandragem, que conheço de outros carnavais./Eu fui à Lapa e perdi a viagem,que aquela tal malandragem não existe mais. /Agora já não é normal, o que dá de malandro/regular profissional, malandro com o aparato de malandro oficial,/ malandro/candidato a malandro federal,/ malandro com retrato/na coluna social;/ malandro com contrato, com gravata/e capital, que nunca se dá mal./ Mas o malandro para valer, não espalha,/aposentou a navalha, tem mulher e filho e tralha e tal. / Dizem as más línguas que ele até trabalha,/ Mora lá longe chacoalha, no trem da central.