Joel de Araujo Advogados

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quarta-feira, 15 de junho de 2011

O ADVOGADO GRAMÁTICO !



Gente chata e inconveniente há em todos os lugares, mas nada pior do que aquele que “se acha” e se põe a corrigir a tudo e a todos como se fosse o dono verdade, embora alguns o façam sem outra intenção que não a de ajudar, mas de qualquer forma às vezes atrapalha porque nem sempre estamos dispostos a ouvir uma crítica por menor que seja, o caso narrado abaixo, bem retrata uma situação dessas, portanto passamos aos amigos para que “se toquem”, quando o assunto for no sentido de dar palpite em conversa alheia:
“Um advogado paulista, professor de português, ficou famoso como amante e intransigente defensor da lingüística. No seu rotineiro trabalho junto aos cartórios da Capital, sempre mesureiro, não admitia nenhum deslize gramatical, notadamente na colocação dos pronomes.
Comumente, ouvia-se aquele advogado interromper uma conversação para dizer:
“Perdão, colega, a sua sintaxe está errada. Diz-se ‘para que se não perca...’ e não ‘para que não perca-se...’”
“Desculpe-me, amigo, se o interrompo, mas no caso aplica-se o gerúndio, ou seja, ‘em se tratando...’ e não ‘ao tratar-se...’.”
Às vezes, escrevia laudas e laudas explicando o erro gramatical do colega adverso, esquecendo-se mesmo das razões jurídicas. Era uma mania que o tornou conhecido no foro de São Paulo.
Certa feita, assistia, no Tribunal do Júri, como advogado de uma das partes, a um sumário de culpa a que respondiam duas mulatas, amamentadoras de crianças, acusadas de provocar a morte de bebês, por intoxicação alimentar. Por ocasião do interrogatório de uma delas, o juiz-presidente perguntou:
“Qual a sua profissão?”
“Nóis semos ama-de-leite, seo dotô...”
O advogado gramatical logo a interrompeu, corrigindo-a:
“Semos, não, somos.”
As duas rés olharam-se surpresas e atônitas e, num sorriso, responderam:
“Uau, gente! Não sabiava que o doto também era...”
“Que horror! Sabiava não, sabia...
”Como haverá de sabê... si seo dotô é homi...”
O casuístico, estupefato, iria corrigir novamente o linguajar errado quando o juiz-presidente interveio, alegando que o advogado estava exorbitando... a testemunha que se manifestasse como quisesse
”.
Livro: Grandes Advogados, Grandes Julgamentos, Autor: Pedro Paulo Filho

8 comentários:

  1. Ih, minha nossa, esse tá parecendo um advogado que conheço, aí mesmo em Sorocaba, de nome ou
    sobrenome "Reze". Luiz Otávio/Santos.

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  2. Uma aula de como uma pessoa pode ser chato.

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  3. Chatos? Existem aos montes, basta ir ao Forum todo dia, que é o que mais tem lá. Basta puxar
    um papinho com um advogado."Um grande cartorário"

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  4. puxa nem ensinar certo pode perante o juiz?

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  5. Sorocaba tá cheio disso. É aula o dia todo, mas a gente não aprende nada, ou será que sou burro?

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  6. Olá sabe tudo, tudo bem? conheci também um médico
    gramático, quem quizer conhecê-lo basta ler o jornal cruzeiro do sul de domingo. depois me diga
    É ou não é?

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  7. Quer conhecer um advogado igual? Preste atenção
    no D´Urso. RSRSRSR e no Américo de Carvalho também.

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  8. Essa história parece a do Dalmácio de votorantim.

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