Fotógrafo ganha na Justiça o direito de exibir
fotos íntimas de vizinhos em Nova York
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MATHEUS
MAGENTA
EDITOR ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"
EDITOR ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

Uma
decisão recente da Justiça norte-americana, favorável a um fotógrafo que
retratou a intimidade de vizinhos a partir das janelas de suas casas e foi
processado por dois deles, reacendeu o debate: o que deve prevalecer, liberdade
de expressão ou direito à privacidade? Arne Svenson, 61, foi processado sob a
alegação de invasão de privacidade e risco à segurança de crianças, mas ganhou
o direito de exibir os retratos feitos em 2012 em Tribeca, no sul de Nova York.
As constituições dos EUA e do Brasil colocam liberdade de expressão (artística,
inclusive) e direito à privacidade (em nome da honra, intimidade e imagem) no
mesmo patamar de importância. Quando esses dois direitos fundamentais entram em
choque e um deve prevalecer, cabe à Justiça decidir. Em sentença proferida no
mês passado, a juíza Eileen Rakower, da Suprema Corte de Nova York, disse o
seguinte sobre a série "The Neighbors" (os vizinhos), de Svenson:
"Arte é liberdade de expressão e, portanto, garantida pela Primeira Emenda
[da Constituição dos EUA]. Os retratos de pessoas comuns deitadas, comendo ou
escoradas na janela (sem o rosto visível) geraram controvérsia ao serem
exibidos em duas galerias de Nova York. De acordo com as leis brasileiras, uma
pessoa retratada sem consentimento pode ir à Justiça em busca da proibição da
exibição do trabalho e de reparação financeira por danos morais e materiais. Mas
o advogado Rodrigo Salinas, especialista em direito de propriedade intelectual
e da personalidade, diz que grande parte desse tipo de ação visa o aspecto
comercial (em busca de um quinhão dos ganhos dos artistas), e não o respeito à
privacidade.
Interessante, quando comparamos a
aplicação do direito pelas Cortes brasileiras, e pelas norte - americanas cada
vez mais chegamos a conclusão que aqui apesar da existência da norma escrita ao contrário do direito norte-americano é costumeiro, por aqui se privilegia quem é
detentor de grande patrimônio. O pobre nunca têm vez, basta se ver quando se
processa um banco ou qualquer instituição financeira, ou alguém de grande
capacidade econômica, o cidadão pobre jamais irá obter algo, mas o contrário
não é verdadeiro, o cidadão "abonado" sempre tem razão. Dai a
indagação é justo isso? Não estaria na hora de começar a aplicar os princípios
jurídicos, a intenção do legislador, e
deixar de lado o compadrio, o acerto
entre "amigos" que confabulam onde os simples mortais não podem
chegar? Seriam esses os princípios não escritos que seguem alguns membros de
nossa sociedade e desvirtuam para se protegerem? Não é chegada a hora de
aplicar a lei, os princípios, tratando todos de forma igualitária e destinando
as leis ao bem comum? Nessa forma de
aplicação do direito, creio que a Justiça Norte -Americana é mais honesta que a
brasileira, porque ali não se privilegia grupos, conforme demonstra a
reportagem em comento. Enquanto nossos juízes forem obrigados a agirem assim,
com agem, só resta a nós lamentar pelo
pobre povo brasileiro. Vejam bem,
dizemos povo e não " a classe privilegiada", porque essa parte da
sociedade não é povo, são membros da sociedade que se beneficiam da
parte"favorável"da lei. É aquela velha história, aos "amigos, as
benesses da lei, aos inimigos os rigores da lei". É assim que agem as
cortes brasileiras!
E é assim que agem os brasileiros. Um jeitinho aqui, outro ali, e pobre se fodendo sempre. Quando se vê isso de um cidadão advogado, acredito que estamos mesmo no fundo do poço.Eduardo Picanha, o açougueiro.
ResponderExcluirAcredito que os americanos do norte não servem de exemplo para ninguém, são senhores do mundo, mas em se tratando de aplicação da justiça, são honestos e fazem cumprir a lei. Já por aqui....
ResponderExcluirÉ o fim da picada. Justiça americana com justiça brasileira não se compara. Lá o cidadão rico ou pobre quando não respeita a Justiça é preso e algemado. Aqui nem o Supremo resolve. Entenderam o porque do Joaquim Barbosa, agir como age? Porque a visão dele é norte-americana! Osmar Gonçalves. Santa Fé do Sul.
ResponderExcluiraqui como lá, é tudo igual, onde está o homem e a mulher (pior ainda)está a injustiça. Rony Roo. Votorantim.
ResponderExcluirÉ a aplicação do direito aqui no Brasil é um caso realmente sério que demanda reflexões profundas.
ResponderExcluirPouca vergonha e pobre do povo brasileiro. acredito no comentário do articulista que sabe o que está falando porque é do meio....Não vou me identificar, sou jovem advogado e não quero e não vou me expor, e podem me chamar de covarde. C.A.S.L.S. Advogado jovem e medroso em Sorocaba.
ResponderExcluirDr. Joel de Araujo, falo sempre para quem quiser ouvir, o senhor não deveria nunca ter saído candidato ao conselho estadual da OAB na chapa do Dr. Toron, tinha que ser candidato aqui em Sorocaba e mandar esse japonês embora para casa. Nós advogados, estamos desamparados, abandonados e sem voz. Veja se volta na próxima. Claudinei Roberto,Adv.
ResponderExcluirEstamos fodidos com essa justiça.
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