segunda-feira, 26 de maio de 2014
Entrevista ao Jornal Cruzeiro do Sul - A polêmica sobre a legalização da maconha
Joel de Araujo fala ao Jornal Cruzeiro do Sul sobre a polêmica da legalização da maconha
Para especialista, a legalização é a porta de entrada para outras drogas
A legislação em vigor não considera o usuário como criminoso e proíbe prisão dos que cultivam maconha para consumo pessoal
Para o professor, advogado criminalista e ex-presidente da OAB-Sorocaba, Joel de Araújo, a maconha não deve ser liberada no Brasil, a exemplo do que ocorreu recentemente no Uruguai e antes em alguns países europeus, porque a medida consistiria numa "porta de entrada" para outras drogas mais letais, casos do crack, da cocaína, e do LSD.
Conforme Araújo, sob o efeito do entorpecente qualquer pessoa praticará atos que, em sã consciência, jamais praticaria. Para o especialista, numa época em que se cria uma lei de tolerância zero em relação ao álcool, liberar a maconha representaria um contrassenso.
"Ou seja, o cidadão não poderá dirigir sob os efeitos do álcool, mas estará livre para dirigir sob os efeitos da maconha? É aquela velha história: libera-se e, depois, teremos defensores para liberar a cocaína e outras substâncias piores, nocivas ao organismo humano".
Lembra o especialista que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso prolongado da maconha pode causar inúmeras doenças, todas de gravidade reconhecida e comprovada.
Acessível
Joel toma por base a própria atuação na área criminal para afirmar que a maioria dos crimes de furtos, roubos, assaltos e homicídios, entre outros, é praticada por pessoas sob efeito de entorpecente e a maconha é uma das mais utilizadas. "Trata-se, diz ele, de uma droga barata e de fácil acesso para quem queira adquirí-la".
Sob o aspecto jurídico, Araújo lembra que a legislação em vigor não considera o usuário como criminoso e proíbe prisão dos que cultivam maconha para consumo pessoal, impondo sanções de caráter socializante e educativo. "Essa já é uma situação que não deveria existir", ele comenta. "O legislador deveria ter insistido na internação compulsória em clínicas específicas, para que o usuário, mesmo não estando preso, fosse submetido a tratamento e ressocializado. Pessoalmente discordo de manifestações parlamentares a favor da liberação. Num País com uma população jovem e carente, sem acesso ao estudo, sem oportunidades de ingresso no mercado de trabalho, não se enxergam muitas alternativas. A liberação, neste caso, provocará, no mínimo, um estrago irreparável em nossa juventude. Abre-se uma pequena fenda, que irá se tornar em breve numa enorme brecha". (J.A.R.)
Notícia publicada na edição de 25/05/14 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 003 do caderno E
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Todos os brasileiros honestos e trabalhadores devem ser contras. Lógico. Anônimo.
ResponderExcluirÉ o nosso mestre. Sorocaba jamais terá um presidente de OAB igual, a não ser que ele volte. E vou iniciar um movimento para tal finalidade. Marcio. Advogado em Sorocaba. Qual Márcio? Isso é um grande segredo.
ResponderExcluirEssa tal de cannabis sativa só serve para desgraçar a vida das pessoas, mas é muito gostosa e depois da uma fome.
ResponderExcluirFrederico Lisboa. Araçoiaba da Serra.
Sou favor a liberação da Maconha, porque assim dá para saber quem usa, controlá-los. tentar mudar seus costumes e os traficantes não se enriquecem as custas de inocentes. Como eu. Joaquim Ferreira de Moraes. Votorantim/S.P.
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