- Como dito popularmente, “modéstia à parte”, o nosso blog é de qualidade, e assim sendo, nada mais justo iniciarmos nessa época em que a ética é contestada, pelas ações dos homens, nada mais coerente do que iniciarmos uma série de artigos, sobre o tema, e dessa forma começamos com alguns filósofos, que podemos dizer objetivamente que Sócrates foi a própria ética em vida, ao nosso ver, se os homens públicos de nosso país, fossem seguir-lhe o exemplo, por certo todos... Tomariam cicuta!
Joel de Araujo –
A CONDENAÇÃO DA ÉTICA
Da obra “A História da Filosofia”
Editora Nova Cultural
A Sócrates interessam o homem e suas ações, exatamente aquelas tidas como virtuosas, numa época em que ser virtuoso é quase sinônimo de ser cidadão e tudo se justifica em nome da virtude __ até mesmo as injustiças. Ele pergunta o que é a sabedoria, a beleza, a coragem, a justiça porque procura, a partir desses diversos aspectos de virtude, chegar à questão das questões: o que é a virtude? Conhecê-la torna-se, assim, o principal objetivo do verdadeiro conhecimento __ só pratica o mal quem ignora o que seja virtude. E quem tem o verdadeiro conhecimento só pode agir bem. Desse modo o conhecimento e a virtude tornam-se sinônimos. Com Sócrates, as questões morais deixam de ser tratadas como convenções baseadas nos costumes, as quais se modificam conforme as circunstâncias e os interesses, para se tornar problemas que exigem do pensamento uma elucidação racional. Nesse sentido ele é o fundador da Ética. Pensar racionalmente as questões morais implica denunciar tudo aquilo que aparece como virtude, desmascarando-o na sua falsidade. Mas com isso Sócrates põe o dedo na ferida da própria Atenas, que mergulhara em vícios e corrupções, e fingia ser justa. Os poderosos decidem condená-lo. O pretexto é o de ofender os deuses da cidade e corromper a juventude. Baseia-se, esta última acusação, no fato de Sócrates não esconder seus hábitos homossexuais (um comportamento permitido e comum na época). Procurava cercar-se sempre de rapazes belos e jovens. A defesa que Sócrates faz de si próprio, relatada por Platão, é um libelo contra os que o julgam. Altivo, não pede clemência. Sua morte é decretada a contragosto. Espera-se que ele fuja __ as autoridades poderiam fazer vistas grossas __ mas Sócrates, cidadão ateniense, acha que a lei é soberana. Despede-se serenamente dos amigos e morre tomando um cálice de cicuta, veneno extraído de uma pequena planta que crescia em pântanos nos arredores da cidade.
Joel de Araujo –
A CONDENAÇÃO DA ÉTICA
Da obra “A História da Filosofia”
Editora Nova Cultural
A Sócrates interessam o homem e suas ações, exatamente aquelas tidas como virtuosas, numa época em que ser virtuoso é quase sinônimo de ser cidadão e tudo se justifica em nome da virtude __ até mesmo as injustiças. Ele pergunta o que é a sabedoria, a beleza, a coragem, a justiça porque procura, a partir desses diversos aspectos de virtude, chegar à questão das questões: o que é a virtude? Conhecê-la torna-se, assim, o principal objetivo do verdadeiro conhecimento __ só pratica o mal quem ignora o que seja virtude. E quem tem o verdadeiro conhecimento só pode agir bem. Desse modo o conhecimento e a virtude tornam-se sinônimos. Com Sócrates, as questões morais deixam de ser tratadas como convenções baseadas nos costumes, as quais se modificam conforme as circunstâncias e os interesses, para se tornar problemas que exigem do pensamento uma elucidação racional. Nesse sentido ele é o fundador da Ética. Pensar racionalmente as questões morais implica denunciar tudo aquilo que aparece como virtude, desmascarando-o na sua falsidade. Mas com isso Sócrates põe o dedo na ferida da própria Atenas, que mergulhara em vícios e corrupções, e fingia ser justa. Os poderosos decidem condená-lo. O pretexto é o de ofender os deuses da cidade e corromper a juventude. Baseia-se, esta última acusação, no fato de Sócrates não esconder seus hábitos homossexuais (um comportamento permitido e comum na época). Procurava cercar-se sempre de rapazes belos e jovens. A defesa que Sócrates faz de si próprio, relatada por Platão, é um libelo contra os que o julgam. Altivo, não pede clemência. Sua morte é decretada a contragosto. Espera-se que ele fuja __ as autoridades poderiam fazer vistas grossas __ mas Sócrates, cidadão ateniense, acha que a lei é soberana. Despede-se serenamente dos amigos e morre tomando um cálice de cicuta, veneno extraído de uma pequena planta que crescia em pântanos nos arredores da cidade.
Infelizmente hoje chegamos a perder o consentimento do que é realmente ser ético e ter uma ideologia formada, pois tendo em vista a cidade de Sorocaba que ultimamente teve vários secretários municipais depostos de seus cargos, políticos que são rivais partidariamente e pessoalmente fazendo alianças, embelezamentos de praças e jardins com "floras" de mulher de ex-prefeito, loteamento de casas em lugares onde grandes figurões e empresários sorocabanos possuiam terrenos, acaba sendo meio contraditório dizer que Sorocaba é uma Cidade Educadora, uma vez que estes são os exemplos mais emplacados dentro e fora da cidade. Contudo ainda "somos" e "temos" a moral e a virtude suficiente para "atacar" pedras no governo Federal, no Bush, no assassino do cartonista Glauco, no BBB, pois uma vez que somos impecáveis na nossa moral e nos nossos atos, acreditamos ter o pleno direito de criticar o próximo, afinal ainda podemos continuar usando a celebre fase do imperador romano Julius Cesar "Ao povo pão e circo", e fica tudo resolvido
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