Joel de Araujo Advogados

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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Separar sim, porém banir, não !


As pessoas procuram sempre meios que as possibilitem resolver seus conflitos, de maneira a favorecer e facilitar suas vidas. Diversas formas atualmente são utilizadas para resolver questões de ordem conjugal e uma delas, foi o reconhecimento do divórcio como lei. Este veio para clarificar para o social, situações que já existiam de modo informal. Intensas e significativas composições na organização e estruturação familiar foram se inserindo, e hoje embora ainda exista famílias que conservam o modelo nuclear, formado por mãe, pai e filhos, encontramos também outros tipos como: - A família monoparental, gerenciada por um dos cônjuges devido à ausência do outro; - a família reconstituída onde um cônjuge separado e com filho une-se a outro em situação análoga; - famílias alternativas constituídas por elementos do mesmo sexo; e - famílias comunitárias. Pensando na estrutura familiar observei como em situações semelhantes, as famílias se estruturam de diferentes formas. O vinculo afetivo e relacional pode ser rompido entre os cônjuges, sem necessariamente sofrer ruptura de um deles com os filhos. O cônjuge que deixa a família pode ter sentimentos de que rompeu os laços também com os filhos, e sentir que não tem mais responsabilidades para com eles, como também, pode ser que o cônjuge que permaneceu e detém a guarda, pelos mais diversos sentimentos venha a supor que pode privar o outro da companhia, da beleza e juventude dos filhos não lhes permitindo as visitas. A separação dos pais reflete de maneira dolorosa e traumática sobre o psiquismo dos filhos. Assume um caráter inquietante, quando encerrado o contexto de coabitação entre os cônjuges, a criança passa a ter uma ligação intensa com um dos pais e de evitação para com o outro pai, podendo chegar até mesmo a interrupção do contato entre eles, e esta é conhecida como síndrome de alienação parental. O filho passa a manifestar só sentimentos negativos em relação a um dos progenitores, contrapondo-se com sentimentos positivos em relação ao outro. O cônjuge que provoca essa ligação intensa e fusional é caracterizado como progenitor alienante e o outro, que é banido do convívio é denominado progenitor alienado. Essa posição, delicada, onde a criança precisa tomar partido de um dos pais, banindo o outro, quando o filho deveria estar isento de qualquer amarra para amar os dois pais à sua maneira, pode provocar a curto prazo, o sentimento de uma grande perda, semelhante à morte de um dos pais, avós, amiguinhos, e animaizinhos de estimação todos de uma só vez. A médio prazo com a falta de interação com o pai ausente e com os familiares deste, vem o sentimento de que “falta algo”. Este algo se resume no cessar de fluir o amparo, aprendizagem e trocas afetivas, desta criança com o pai e seus familiares. A criança, assim privada desse contato, torna-se vitimizada, manifestando ansiedade, sintomas do tipo fóbico em relação ao progenitor alienado, tensão, depressão e doenças psicossomáticas além de alternância de comportamentos, ora extremamente agressivos, ora estranhos. Todo este contexto observado tem inicio com sentimentos mobilizados pela separação do casal, e se perpetuam, nas disputas pela guarda e pensão alimentícia. Uma criança cuidada e alimentada é necessário, mas há uma dificuldade de percepção por parte de alguns pais, de que o verdadeiro alimento se constitui do afeto de ambos, para que o filho se aproprie e desenvolva a capacidade de amar, confiar e se relacionar com os outros.
MARIA APARECIDA WAHL DE ARAUJO, PSICÓLOGA COM CAPACITAÇÃO EM MEDIAÇÃO FAMILIAR E TERAPIA DE GRUPO. CASAL FAMÍLIA

4 comentários:

  1. Quando a relação de um casal não se encontrar na melhor das situações, o melhor a fazer é a separação para que os filhos não presenciem falta de respeito e falta de amor. Porem quando ocorre está separação existe um ex-marido e uma ex-mulher mas jamias um ex- filho, muita das vezes uma das partes tenta manipular o filho dizendo:Tá vendo ele/ela, saiu de casa e você ainda vai conversar com ele?; Isto ocorre devido uma das partes não aceitar a separação, fazendo 'joguinhos', sem pensar no emocional do filho.Existe tambem as brigas por pensão alimenticia, as quais uma das partes colocam filhos para pedir para outra parte. O casal muitas das vezes para atingir um ao outro acaba colocando a criança no meio , a qual é a maior vitima.

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  2. Existem varias estruturas familiares, atualmente, como tambem a tradicional, mas indiferente de como seja estruturada uma familia. Deve-se atentar as necessidades afetivas e de relacionamento, que os integrantes da familia precissam, para que haja um crescimento saudavel, tantofisico como psiquico.

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  3. A separação hoje deveria ser encarada como algo normal. Creio eu que homem ou mulher que se prendem um ao outro para manter uma certa pose na sociedade e para não magoar seus filhos, podem estar criando em casa um delinquente. Comoo todos dizem, a educação vem de casa. E ai é educado o filho que convive com os pais que hora ou outra estão em desarmonia. Esta semana teve um caso em que um aluno de 9 anos foi morto dentro de uma sala de aula e o suspeito pelo assassinato é um outro aluno. E ai, será que o suspeito não é o espelho do pai ou da mãe, por ter visto dentro de seu lar cenas de ameaças? O pai ameaçou a mãe, pensou nas consequências e não fez. Já o menino pode ter deduzido; vou fazer e nada vai acontecer.

    Aparecido Proença / Wagner.
    4º Semestre. Administração.

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  4. Liliane oliviera 2° Semestre Matutino3 de dezembro de 2010 às 19:31

    O casamento nos dias de hoje e tido como um meio de dignidade humana e por isso so deve ter vigencia enquanto cumprir essa missão.Quando o encanto se acaba e o relacionamento se desfaz é um momento dificil não somente para os filhos, mais para todos da familia.

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