Pode
ser que às vezes por um motivo qualquer, sem que tenhamos qualquer intenção de
ofender, acabamos por magoar alguém. Como também ocorre, que de um simples
bate-bate ou pelos comentários de terceiros acabamos por simpatizar com alguém
e nascer uma grande amizade. Lembro-me, de meus primeiros anos no exercício da
advocacia, onde em cada audiência realizada, saía dali sempre uma grande
amizade e que perdurava. Não havia ódio e nem rancor, os colegas respeitavam
uns aos outros e mesmo por ocasião das eleições da nossa OAB local, não surgiam
inimizades, pelo contrário o vencedor procurava trazer o vencido para
compartilhar a sua liderança. Não havia rancor e os colegas eram mais
verdadeiros, desculpem-me o saudosismo. Lembro-me, que a primeira disputa que
eu participei, eu me encontrava na chapa liderada pelo admirável advogado “Gomes
Junior” e nossa ”adversária” foi a Dra. Heloisa Dini, de memorável
combatividade. Perdemos por três votos de diferença, e a posse foi uma festa
onde todos participaram. Alguns dias após, lá estava eu, fazendo parte da
comissão de “Exame de Ordem”. As eleições, eram honestas, não havia facções, todos
eram tratados por igual, o que aprendi e muito foi com a Dra. Heloisa Dini, foi
ela que começou os movimentos culturais, trazendo grandes nomes para proferir
palestras para os advogados. Mais tarde, em 1998 me elegi pela primeira vez
Presidente da OAB local, a tomei como exemplo a ser seguido, não perseguimos
ninguém e nem permiti que alguém do meu grupo o fizesse. Esse fato se repetiu
em minha reeleição em 2000, para o triênio 2001 a 2003, depois fui para o
Conselho Estadual. Mas nessa ocasião já percebemos mudança, a OAB se
transformou como se fosse um partido político, quem não era do grupo, ou que
tivesse trabalhado para outra “chapa”, não teria direito e nem vez á ser
defendido pela instituição, surgiram às facções e a OAB se enfraqueceu, e
continua fraca até hoje, uma vez que os atuais detentores do poder na Ordem,
imaginam que permitir a um colega que pensam como eles, possa ter algum espaço
na entidade, poderá no futuro ser um
eventual adversário, que venha tirar-lhes
o cargo ainda que pela via democrática. Isso não deixa de ser “ pequeno”, posto
que uma entidade que deveria defender a Democracia, deveria, na pessoa de seus
membros, dar exemplos e lutar para o fortalecimento da classe, mas, ao contrário
disso, preferem “ter a carteirinha de dirigentes” (em minúsculo mesmo), para
ostentar o cargo e não trabalhar pelo todo. Se continuar assim, chegará o dia em que não teremos representatividade alguma,
se é que ainda temos alguma! Será que não
é chegada a hora de mudar? .....
sexta-feira, 6 de julho de 2012
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Acho que já passou a hora de mudar. Em quem nós
ResponderExcluirvamos votar em Sorocaba? Juliano.Adv.
Bem que os colegas da OAB de Sorocaba, poderiam dar bons exemplos.
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